1ª Prova de Eficiência Alimentar para Reprodutores Dorper está com inscrições abertas

1ª Prova de Eficiência Alimentar para Reprodutores Dorper está com inscrições abertas

A 1ª Prova de Eficiência Alimentar para Reprodutores Dorper, promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Dorper (ABCDorper) em parceria com o Instituto de Zootecnia (IZ) – órgão de pesquisa vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, com 115 anos de tradição na pesquisa agropecuária do Estado -, está com as inscrições abertas. As avaliações serão realizadas na unidade do IZ de Nova Odessa, tendo como responsável técnico o Pesquisador Dr. Ricardo Lopes Dias da Costa.

Os criadores associados poderão inscrever seus animais através do e-mail tecnico@abcdorper.com.br, informando os dados do registro genealógico dos animais (afixo, número, data de nascimento e FBB). Não há limite de animais inscritos por cria, contudo, será cobrado o valor de R$210,00/animal, a ser pago à ABCDorper, que informará no ato da inscrição a forma de pagamento.

O objetivo da prova é testar, classificar, identificar e selecionar animais da raça Dorper por diversas características de desempenho e eficiência alimentar, haja vista que a característica de Consumo Alimentar Residual (CAR) permite a identificação de animais que consomem menos alimento para um mesmo ganho de peso.

Local de avaliação

Para avaliação da eficiência alimentar são necessárias baias individuais e trabalho diário de pesagem do alimento oferecido e sobras, além das pesagens, também individuais, dos animais frequentemente. Alternativamente a essa situação, a avaliação pode ser feita em baias coletivas contendo os cochos automáticos de medição de consumo individual.

A Unidade de Ovinos do Instituto de Zootecnia é a única no país que contempla esse sistema próprio para ovinos. Dentre suas vantagens, tem-se o ambiente coletivo em que permanecem os animais, respondendo muito melhor ao teste e ao ganho de peso, pela própria natureza comportamental da espécie de ser gregária; maior agilidade na realização dos trabalhos, maior confiabilidade na coleta de dados pelos cochos, pesagens diárias dos animais através das balanças acopladas aos bebedouros, acompanhamento diário do consumo e peso dos animais, entre outras.

Dessa forma, a Unidade de Ovinos possui uma instalação preparada para esse fim, com a instalação de 9 comedouros, 2 bebedouros e 2 balanças de animais, tudo automatizado, com capacidade de teste para até 40 cordeiros por vez, contemporâneos, de um mesmo sexo e raça, com uma diferença de data de nascimento de até 30 dias.

Execução do Projeto

Os testes duram, em média 85 dias, sendo 15 dias de adaptação e, outros 60 a 70 dias de avaliação (dependendo do grupo de animais e execução do projeto).

Após esse período, com os dados coletados, planilhados e analisados estatisticamente, é possível fazer o ranking dos animais pelas seguintes características:
⦁ Ganho de peso diário e total
⦁ Conversão alimentar e eficiência alimentar
⦁ Consumo alimentar Residual (CAR)
⦁ Consumo e Ganho Residual (RIG)

Além dos dados já citados, ao final da prova, será realizado a avaliação por ultrassonografia da área de olho de lombo e espessura de gordura, a qual será associada ao ranking e ao CAR e RIG de cada animal. Coleta de medidas morfométricas também serão realizadas.

Por que fazer a Prova de Eficiência Alimentar?

O aumento da demanda por carne ovina de qualidade e o alto valor do custo de produção traz a necessidade dos produtores buscarem novas técnicas e produtos que possam melhorar o desempenho produtivo e a qualidade da carne oferecida ao mercado. A rentabilidade de um sistema de produção animal está dependente não apenas do uso de alimentos de qualidade e de baixo custo nas dietas, mas do uso e manutenção de rebanhos mais eficientes. Isto tem impulsionado a busca pela identificação e seleção de animais que utilizem de forma mais eficiente o alimento e a água, uma vez que, o melhor aproveitamento da dieta acarreta importantes benefícios tanto de ordem ambiental quanto para a rentabilidade do sistema produtivo.

A nutrição é o fator com maior importância no desempenho animal e o mais oneroso em uma produção. As estratégias na utilização de nutrientes da dieta devem ser eficientes, tendo em vista que a viabilidade econômica de sistemas de produção ovinos está intimamente relacionada ao consumo diário de matéria seca e à capacidade dos animais para transformar os nutrientes da dieta em tecidos corporais.

Paralelamente, a rentabilidade de um sistema de produção animal está dependente não apenas do uso de alimentos de qualidade e de baixo custo nas dietas, mas do uso e manutenção de rebanhos mais eficientes. Isto tem impulsionado a busca pela identificação e seleção de animais que utilizem de forma mais eficientemente o alimento, uma vez que, o melhor aproveitamento da dieta acarreta importantes benefícios tanto de ordem ambiental quanto para a rentabilidade do sistema produtivo.

Neste contexto, estudos têm sido desenvolvidos para a seleção de animais em torno dos conceitos de eficiência de produção, como o consumo alimentar residual (CAR) e o consumo e ganho residual (RIG), considerados medidas alternativas de eficiência alimentar. O CAR e o RIG são consideradas de média herdabilidade, sendo então interessante a seleção de reprodutores e matrizes por essas características.

O CAR, ao contrário da conversão alimentar, é independente de características de crescimento, isto é, não seleciona rebanhos mais pesados com consequente maior exigência de mantença. É definido como a diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo estimado. Este conceito sugere que a ingestão de alimento deveria ser ajustada para o peso corporal e para a taxa de ganho em peso, e subdividida em dois componentes:

a) o consumo previsto para determinado nível de produção;
b) a porção residual, que corresponde à medida efetiva de eficiência, ou seja, quanto mais negativa for a porção residual, maior a eficiência no aproveitamento do alimento pelo animal.

Resumindo seria a seleção dos animais que ganham mais peso consumindo menos alimento, da mesma forma como o RIG.

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Por Equipe de Comunicação ABCDorper
Crédito das fotos: Divulgação

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