Saiba a importância do uso de reprodutores registrados na ARCO-Ovinos em rebanhos comerciais

Saiba a importância do uso de reprodutores registrados na ARCO-Ovinos em rebanhos comerciais

Técnico garante que reprodutores registrados são capazes de elevar a conformidade e o desempenho dos ovinos, garantindo precocidade, acabamento de carcaça e padronização da produção

Reprodutores registrados na Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO-Ovinos) desempenham um papel crucial na busca pela excelência em rebanhos comerciais de ovinos. Em uma entrevista esclarecedora para a equipe de comunicação da Associação Brasileira de Criadores da Raça Dorper e White Dorper (ABCDorper), o engenheiro agrônomo Giancarlo Antoni, Inspetor Técnico da Arco-Ovinos e Jurado do Quadro da ABCDorper, destacou diversos motivos pelos quais a utilização desses reprodutores é fundamental. Confira!

Melhoramento genético a partir do pedigree

Segundo Giancarlo Antoni, a ARCO-Ovinos, com seu registro de cinco gerações no pedigree, fornece informações preciosas sobre os antepassados dos reprodutores. Isso não só ajuda a garantir a conformação e produção dos animais, mas também permite o melhoramento genético.

“Reprodutores registrados geralmente exibem homozigose, o que, por sua vez, leva à heteroze nos descendentes, quando utilizamos esse macho em fêmeas do rebanho comercial. Esses reprodutores são submetidos a rigorosa seleção, focada em características morfológicas produtivas e na eliminação de defeitos funcionais, promovendo melhorias na estrutura corporal, precocidade e produtividade”, explica.

Dessa forma, a utilização de reprodutores registrados ajuda a assegurar a qualidade e a conformação dos animais nos rebanhos comerciais. “Como dito anteriormente, esses reprodutores passaram por avaliações visuais subjetivas de inspetores técnicos, que realizam uma pré-seleção dos animais, excluindo aqueles com problemas funcionais geneticamente transmissíveis”, reforça o Inspetor Técnico da Arco-Ovinos.

Desafios da endogamia em rebanhos comerciais

A endogamia é uma preocupação nos rebanhos comerciais, influenciando negativamente os resultados reprodutivos e produtivos, devido à consanguinidade. Trata-se de um termo utilizado na genética e na criação de animais para descrever o acasalamento de indivíduos que têm parentesco próximo, ou seja, que compartilham um ou mais ancestrais comuns em suas árvores genealógicas. Isso significa que os reprodutores envolvidos no acasalamento são geneticamente mais relacionados do que o que seria esperado na população em geral.

A endogamia pode resultar na transmissão de genes recessivos prejudiciais que, quando presentes em homozigose (duas cópias do gene recessivo), podem causar problemas de saúde ou características indesejadas em descendentes. Por outro lado, a endogamia também pode ser usada de forma controlada em programas de melhoramento genético para fixar características desejáveis, desde que seja feita com cuidado para evitar a consanguinidade excessiva.

“A utilização de reprodutores registrados ajuda a mitigar esse risco, fornecendo informações sobre a genealogia e introduzindo variabilidade genética por meio do “choque de sangue”. Para evitar a endogamia nos rebanhos comerciais, é essencial evitar o uso de reprodutores com parentesco muito próximo nas gerações futuras, como também, adquirir reprodutores de bons selecionadores”, pontua o Inspetor Técnico da Arco e Jurado do Quadro da ABCDorper.

Diversidade genética

A diversidade genética influencia significativamente o desempenho e a resistência dos ovinos nos rebanhos comerciais. Segundo Giancarlo Antoni, “A introdução de genes variados melhora a fertilidade, reduz o intervalo entre partos, minimiza a incidência de genes recessivos e diminui a ocorrência de má formação ou morte fetal”.

Adotar reprodutores registrados da ARCO-Ovinos em rebanhos comerciais resulta em melhoramento genético e produtividade, acompanhados pela funcionalidade. Com o auxílio de um bom reprodutor, os criadores podem esperar alcançar um rebanho mais produtivo e saudável, conforme enfatizado pelo engenheiro agrônomo Giancarlo Antoni.

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Por Natália de Oliveira/Agência Agrovenki
Crédito da foto: Divulgação/Agrovenki

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